Queloide e cicatriz hipertrófica ocorrem por hiperproliferação de fibroblastos e conseqüente aumento na produção de colágeno.
Mas existem características que permitem diferenciar esses dois tipos de cicatrizes indesejáveis.
O complexo processo de cicatrização tem a função de formar um novo tecido para reparar os muitos tipos de lesões.
Na maioria dos casos ocorre de forma favorável resultando numa cicatriz final de bom aspecto estético e funcional.
Quando ocorre algum tipo de interferência nesse processo natural podem surgir cicatrizes de má qualidade, alargadas e pigmentadas.
Desde 1.700 a.C. há relatos em papiros da presença de cicatrizes anormais.
O termo quelóide tem origem grega: khele(garra ou pinça) e oeides(semelhante a).
Além do queloide existem as cicatrizes hipertróficas que muitas vezes geram muita confusão quanto a diferenciação entre ambos.
As cicatrizes de ma qualidade podem causar sérios distúrbios estéticos, comprometimento funcional e dor.
O quelóide acomete de forma semelhante a ambos os sexos quando se considera uma mesma faixa etária, mas as mulheres acabam prevalecendo por conta do habito de uso de brincos e outros adornos deste tipo.
É mais comum nos africanos, asiáticos e indivíduos de pele escura em geral. Não há relatos de quelóide em albinos.
Os locais mais comuns de ocorrerem são na região pré-esternal (sobre a região do osso esterno no peito), dorso, região cervical posterior, região do deltóide (ombro) e pavilhão auricular. Por outro lado, o quelóide é muito raro nas pálpebras, pênis, escroto, regiões frontal, palmar e plantar.
O quelóide se apresenta como uma lesão elevada, brilhante, pruriginosa ou dolorosa, que avança sobre os limites da ferida invadindo a pele normal adjacente.
Cresce ao longo do tempo, não regride espontaneamente e tem alta taxa de recidiva após remoção cirúrgica.
A cicatriz hipertrófica apresenta elevação, são tensas e mais endurecidas, mas ficam confinadas as margens da ferida sem invadir a pele normal adjacente e com freqüência regridem espontaneamente vários meses após o trauma inicial.
Há diferenças histológicas entre o quelóide e a cicatriz hipertrófica que ajudam em sua diferenciação diagnóstica também.
Existem varias formas de tratamentos atualmente, entre as quais algumas mais recentes, mas ainda sob pesquisa e comprovação clinica.
A remoção cirúrgica da cicatriz apresenta uma taxa de recidiva variável entre 45% a 100%.
A combinação de cirurgia com injeção de corticóides reduz a taxa de recidiva para menos de 50%. A cirurgia quando associada à radioterapia tem uma redução na taxa de recidiva para 10%.
Placas de silicone e terapia compressiva fazem parte do arsenal complementar do tratamento e devem ser avaliadas e indicadas pelo cirurgião plástico.
Outras formas de tratamento alternativo estão sendo testadas. A laserterapia ainda necessita de maiores estudos em longo prazo.
A crioterapia que consiste no congelamento da cicatriz ainda exige maiores estudos e tem seu uso restrito.
Algumas modalidades de medicamentos vêm apresentando resultados animadores, mas ainda estão sob estudo clinico.
A ocorrência de cicatrizes queloideanas ou hipertróficas estão relacionadas a características variadas.
O tipo de lesão na pele, a qualidade de sutura e fechamento do ferimento, fatores intrínsecos como etnia e a localização da ferida. Infelizmente nunca se sabe com exatidão quem apresentará o quelóide.
O mais importante é o acompanhamento do cirurgião plástico capacitado para diagnosticar com precisão o tipo de cicatriz anormal que surge e determinar o melhor tratamento.
Normalmente o tratamento envolve técnicas associadas e é demorado, exigindo calma e compreensão do paciente.
BIBLIOGRAFIA:
FERREIRA, C. M., D’ASSUMPÇÄO, E. A., Cicatrizes Hipertróficas e Quelóides. Rev. Soc. Bras. Cir. Plast. 2006; 21(1): 40-
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